Escala de Mercalli: Compreendendo a medição de intensidade dos terremotos
O planeta Terra nunca está completamente em repouso, seja através dos suaves sussurros do vento ou dos temíveis terremotos que abalam o seu núcleo. Em meio a esse cenário, se apresenta um nome que ecoa ao longo da história: a Escala de Mercalli. Ela é uma ferramenta usada para medir a intensidade dos terremotos, baseada em relatos de testemunhas e danos observados, e não apenas em dados geofísicos.
Criada no século XIX pelo vulcanologista italiano Giuseppe Mercalli, essa escala conquistou seu espaço como um indicativo do quão poderoso pode ser um terremoto em termos humanos. Ela se baseia na experiência das pessoas, nos danos causados às estruturas e nas alterações observadas no ambiente natural, agregando um significado prático e tangível à medida de um fenômeno tão devastador.
Embora a Escala de Mercalli possa parecer apenas um índice técnico para os estudiosos, ela representa muito mais. Ela é uma forma de humanizar os desastres naturais, de medir seu impacto não apenas pela magnitude, mas também pelo olhar humano. Assim, ela nos convida a explorar uma perspectiva única e aprofundada sobre os terremotos, percebendo-os além de simples abalos na terra.
O que é a Escala de Mercalli
A Escala de Mercalli é uma escala sismológica usada para medir a intensidade de um terremoto. Diferentemente de outras escalas que medem a energia liberada pelo terremoto (como a Escala de Richter), a Escala de Mercalli se concentra no impacto sentido pelos humanos e na destruição causada à infraestrutura e à paisagem natural.
Ela foi desenvolvida no século XIX pelo vulcanologista italiano Giuseppe Mercalli e foi modificada várias vezes até chegar à versão usada hoje, conhecida como a Escala de Mercalli Modificada (MM). Esta escala varia de I (não sentido) a XII (danos totais), com descrições detalhadas para cada nível sobre o tipo de danos e efeitos observados.
Portanto, a Escala de Mercalli é uma ferramenta essencial para sismólogos e geólogos em todo o mundo, pois fornece uma visão prática e humanizada dos efeitos de um terremoto. Através dela, podemos entender melhor não apenas a força de um terremoto, mas também seu impacto real sobre as pessoas, as construções e a natureza.
Qual a diferença entre a escala de Richter e Mercalli?
As escalas de Mercalli e Richter são duas das ferramentas mais utilizadas pelos cientistas para medir terremotos, mas cada uma tem uma abordagem e foco distintos. A Escala de Richter mede a energia liberada pelo terremoto, enquanto a Escala de Mercalli busca quantificar a percepção humana e os danos causados pelo evento. Ambas as escalas são fundamentais para o estudo da sismologia, embora apresentem diferenças importantes.
Medição da Energia vs. Medição do Impacto:
A Escala de Richter mede a magnitude de um terremoto, ou seja, a quantidade total de energia que ele libera. Por outro lado, a Escala de Mercalli mede a intensidade de um terremoto, ou seja, o impacto percebido pelos humanos e os danos causados às estruturas.
Valores Numéricos:
A Escala de Richter é uma escala logarítmica que, teoricamente, não tem limite superior. Já a Escala de Mercalli é uma escala arbitrária que varia de I (quase imperceptível) a XII (danos totais).
Sensibilidade a Distância:
A magnitude medida pela Escala de Richter não muda com a distância do epicentro, enquanto a intensidade medida pela Escala de Mercalli diminui à medida que se afasta do epicentro do terremoto.
Uso de Equipamento:
A Escala de Richter baseia-se em dados recolhidos por sismógrafos, que são dispositivos que medem as ondas sísmicas. A Escala de Mercalli, por outro lado, depende em grande parte de relatórios de testemunhas oculares e inspeção visual dos danos causados.
Portanto, apesar de ambas as escalas serem usadas para medir terremotos, elas oferecem perspectivas diferentes e complementares sobre a natureza e o impacto desses eventos geológicos.
O que cada Escala Mercalli e Richter mede?
A Escala de Mercalli e a Escala de Richter são dois métodos comumente usados para medir terremotos, mas cada uma delas concentra-se em diferentes aspectos de um sismo.
Escala de Mercalli:
A Escala de Mercalli avalia a intensidade de um terremoto com base em seus efeitos observados. Ela considera o impacto sobre pessoas, construções e a superfície terrestre. Sua versão moderna, conhecida como Escala de Mercalli Modificada (MM), varia de I (não sentido) a XII (danos totais).
Os níveis de I a III são geralmente detectados apenas por instrumentos ou observadores muito atentos. A partir do nível IV, a maioria das pessoas começa a notar a agitação. Os níveis VI a VIII causam danos crescentes a edifícios e outras estruturas. Os níveis IX a XII descrevem danos muito graves a catastróficos, com a intensidade XII indicando a destruição total de toda a infraestrutura.
Escala de Richter:
A Escala de Richter, por outro lado, mede a magnitude de um terremoto, ou seja, a quantidade de energia que ele libera. Ela foi criada em 1935 pelo sismólogo Charles F. Richter e é uma escala logarítmica, o que significa que um terremoto de magnitude 5 libera 10 vezes mais energia do que um de magnitude 4.
A Escala de Richter não tem um limite superior, o que significa que teoricamente pode medir terremotos de qualquer magnitude. No entanto, em termos práticos, raramente são registrados terremotos com magnitude superior a 9 na Escala de Richter, devido à quantidade extraordinária de energia que isso representaria.
Em resumo, a Escala de Richter mede a energia liberada pelo terremoto (a sua magnitude), enquanto a Escala de Mercalli mede a intensidade do terremoto com base no seu impacto sobre as pessoas, as estruturas e a paisagem natural.
Quando foi criada a intensidade Mercalli?
A Escala de Mercalli foi criada pelo vulcanologista italiano Giuseppe Mercalli em 1884. No entanto, a versão original de Mercalli era muito mais simples do que a escala que usamos hoje e tinha apenas dez níveis de intensidade.
A escala foi posteriormente revista e ampliada duas vezes no início do século XX. Em 1902, Mercalli expandiu sua escala para incluir doze níveis. Em 1931, os sismólogos Harry O. Wood e Frank Neumann revisaram novamente a escala, criando o que ficou conhecido como a Escala de Mercalli Modificada, que ainda é usada atualmente. Esta versão modifica e detalha ainda mais os níveis de intensidade, variando de I (não sentido) a XII (danos totais).
Portanto, embora a Escala de Mercalli tenha sido criada em 1884, a versão que usamos atualmente só foi finalizada em 1931.
Qual foi a maior escala de terremotos do mundo?
Os terremotos são eventos poderosos e, às vezes, devastadores que ocorrem em todo o mundo. A medição desses eventos é feita principalmente através das escalas de Richter e Mercalli, que permitem aos cientistas quantificar a magnitude e intensidade dos terremotos, respectivamente. Ao longo da história, vários terremotos alcançaram magnitudes impressionantes na Escala de Richter. Aqui estão alguns dos mais notáveis:
- 1. Terremoto do Chile, 1960:
- 2. Terremoto do Alasca, 1964:
- 3. Terremoto do Oceano Índico, 2004:
- 4. Terremoto do Japão, 2011:
- 5. Terremoto da Rússia, 1952:
Cada um desses terremotos teve efeitos devastadores e deixou uma marca indelével na história da humanidade. Eles servem como um lembrete poderoso das forças que moldam nosso planeta.